Não faça psicologia se....

Dedico, com carinho, esta carta à todos aqueles que tenham o coração cheio de amor e a mente aberta para receber, em uma dose meio amarga de realidade, um pouco sobre a ciência humana chamada psicologia.

Photo by Carl Cervantes on Unsplash

É interessante como o conceito de alma e mente estiveram conectados por tanto tempo na história, e  como hoje, são duas dimensões relevantes e de completa admiração.

Nosso foco aqui é a mente, com toda a sua subjetividade.

Não no intuito de fazê-lo desistir, caso sua escolha tenha sido pela psicologia, mas sim de provocá-lo a vê-la com, talvez, outro olhar. E, com certeza, não de uma forma negativa. Eu já havia escrito aqui no blog sobre a minha escolha pelo curso, com pinceladas bem leves, mas prometo contar melhor essa boa história, apesar de ser com a minha mente do agora, não mais do antes, da Bianca de quase quatro anos atrás.

Inclusive, caso você tenha dúvidas sobre o curso em si, este post ajuda com algumas dúvidas (mas caso não responda a sua dúvida, não hesite em comentar aqui embaixo que eu te respondo com todo o amor). Let's go! 


A psico é um curso que envolve muito amor e respeito, em todos os aspectos. Somos os responsáveis como psicólogos, da escuta verdadeira e da devolução. Como assim? Não necessariamente no sentido clínico, haverá sempre uma demanda para que escutemos e façamos uma devolutiva, seja em forma de intervenção ou de encaminhamento para outro profissional. É uma rede que envolve histórias pessoais por muitas vezes sensíveis, emoções e sentimentos, e até mesmo, o próprio sofrimento psíquico. E tudo isso, gera um norteamento da profissão com normas definidas, embora flexíveis as transformações do ser (verbo) humano. O que faz muito sentido com o que é a psicologia. Por isso,


Não faça psicologia se não gosta de trabalhar com pessoas. Pois com certeza, terá que trabalhar com elas, afinal, onde se dá essa ciência.


Não faça psicologia se não gosta de escutar. E escutar no sentido mais rico, disubjetivando-se e despindo-se de quaisquer julgamentos, transbordando empatia - o quanto aquele post sobre o que não sabíamos sobre empatia se conecta com a psico -, abrindo-se para o outro e para o que talvez ainda não saibamos.

Não faça psicologia se pensa só em ficar rico. Este é o motivo errado, e pode ser que você não enriqueça. O coração também precisa estar cheio, não só o bolso.

Não faça psicologia se  quer entender a sua mente. Pode ser que algumas vezes você até entenda, mas tudo que nos é transmitido é para lidarmos com o sofrimento do outro, não o nosso. Para isso, é necessário que o psicólogo também faça terapia.

Não faça psicologia se só quer fugir das exatas. Por mais M que seja, temos matemática em psicologia, não somente na famosa disciplina de estatística. Muitas teorias psicoterápicas foram desenvolvidas por médicos, que usam de conceitos lógicos para explicar o funcionamento do psiquismo, inclusive a matemática.

Não faça psicologia se se não vir com o coração e a mente aberta. Além de ser o meu mais sincero conselho, mesmo que ainda tenha algum dos outros itens acima, esse é o mais fundamental. Já contei que os meus últimos três anos, junto a psico, foram os das minhas maiores transformações e, por isso, os mais importantes para mim. Dentro da universidade, nos reinventamos o tempo inteiro. Seja pela corrente teórica que seguiremos, ou pela área que vamos atuar ou pelo que vivenciamos. E se seu coração e sua mente não estiverem abertas a essa experiência, de forma plena, não é possível extrair tudo que a psico tem a oferecer, para nós e para nossos clientes/ pacientes.

Deixe seu comentário aqui embaixo, com suas dúvidas sobre esse curso. Vamos trocar figurinhas sobre #psicodúvidas?

Me acompanhe no pinterest e no insta @psiquestudy, onde compartilho minha rotina de estudante de psico!



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